JOGO3-CRICIUMA X GRÊMIO

CRICIUMA :

A chance de se reerguer na temporada, e uma classificação inédita. Cada qual com seus porquês, Criciúma e Salgueiro esperam avançar de fase na Copa do Brasil. No entanto, só um vai poder comemorar depois do apito final do árbitro Fabrício Neves Correa, na noite desta quarta-feira, no estádio Heriberto Hülse. Os donos da casa têm como objetivo estar entre os 16 clubes da competição, mas fazem do confronto a oportunidade de elevar o astral depois de três jogos sem vencer no Brasileirão. O Carcará sonha com sua primeira participação nas oitavas de final da competição.

Além da preocupação com o desempenho no Campeonato Brasileiro, o Criciúma sofre com lesões. Da equipe considerada titular, são quatro mudanças em virtude de contusão. Porém, o técnico Vadão coloca força máxima em campo em busca de reabilitação. O Salgueiro desembarcou na capital do carvão motivado pela boa campanha que faz na Série D, onde lidera o grupo A2.
As quatro baixas na equipe base não abalam o Criciúma. O time não conta com os volantes Serginho e João Vitor, o meia Morais e o atacante Lins, jogadores considerados titulares e que estão em tratamento de lesões. O volante Amaral é outro desfalque, por suspensão. Com a força máxima disponível, o técnico Vadão formatou a equipe para buscar o triunfo e avançar mais uma fase, atingindo o objetivo proposto pelo clube.

 Acredito que em todas as partidas temos que entrar para vencer. Essa é especial por ser uma eliminatória. Contra o Salgueiro vamos tentar pressioná-los ao máximo. Sabemos que é um jogo difícil, um time que tem uma boa marcação. Vamos fazer de tudo para conquistar um grande resultado. Sabemos da força do nosso time em casa – reiterou o lateral-direito Sueliton.

O Criciúma tenta fazer da conquista da vaga um novo fôlego na caminhada do Campeonato Brasileiro. O Tigre está há três jogos sem vencer e distante dos planos para a competição. Um triunfo dá novo gás para o confronto seguinte, também em casa, contra o Grêmio, no sábado. A equipe que dá a largada pelo triunfo criciumense diante do Salgueiro tem Bruno; Sueliton, Matheus Ferraz, Fábio Ferreira e Marlon; Ewerton Páscoa, Elton e Leandro Brasília; Cassiano, Wellington Paulista e Ivo.

VAGA PERDIDA NO FIM:
Ao final da partida entre Criciúma e Salgueiro, os torcedores no Heriberto Hülse pediram ‘vergonha’ aos jogadores. O Tigre empatou em 1 a 1  e está fora da Copa do Brasil. Como no banco de reservas durante os jogos, o técnico Vadão manteve a serenidade também na entrevista coletiva após a eliminação. Ele comentou sobre a atitude da torcida ainda nas arquibancadas, após o apito final.

- Fomos campeões do estado e fui muito elogiado e fiquei lisonjeado, mas não mudei meu comportamento. Não vou mudar na derrota, mesmo com cobrança, vaia e qualquer que seja a atitude de torcedor. Já tenho experiência suficiente para não me empolgar nas vitórias e nem me abater nas derrotas. É perfeitamente normal a cobrança, da mesma forma que aplaudiram nos momentos bons da equipe. Eles têm pedido ‘vergonha’, é uma coisa que não concordo. Vergonha é quando você vê um time sem brio e sem luta. Nossa equipe deixou de ganhar do Goiás porque o goleiro foi muito bem e hoje porque desperdiçamos boas oportunidades para não depender da bola repicada (no gol de empate pernambucano) - afirmou.
Mesmo que não concorde com o pedido, não tira as razões que causaram indignação dos torcedores cavoeiros. Porém, defende o lado dos atletas. E dá a entender que há pouco o que alterar para mudar o panorama da equipe, de olho nos compromissos no Campeonato Brasileiro – a competição que o Tigre disputa até o final do ano.

- Na parte da cobrança, está certo. O torcedor paga, é apaixonado e os profissionais somos nós. Temos que saber conduzir isso, principalmente com os atletas, para que não percam a confiança. Se a gente continuar como estamos jogando, com esta vontade e determinação, as coisas vão se acertando e os resultados virão. Daqui num futuro podemos estar em outro astral e a torcida com outro comportamento.
Para o treinador, não há porque os torcedores cobrarem por mais vergonha. Segundo Vadão, se estivesse faltando, seria ele o primeiro a fazer o pedido aos atletas.

- Temos dois caminhos, ou se abater ou reagir, não tem outra apalavra. Ou a gente reage, mantém o que estamos fazendo e procuramos melhorar, para que os resultados aconteçam, para que aproveitemos melhor as oportunidades. Não tem outra alternativa. Ficar com auto piedade não vai resolver nosso problema. Temos que assumir. Se fosse um time que não tivesse brigado e lutado, estaria falando outra coisa aqui. Não foi o caso. Cabe a mim, à comissão técnica e à diretoria avaliar bem para não cometermos equívoco e a gente mesmo criar nossos próprios problemas. Enquanto a equipe estiver rendendo, vou estar sempre defendendo o atleta. O que a gente não pode é esmorecer e cair num marasmo que será visível. Aí não precisa a torcida falar ‘vergonha’, eu vou chegar no vestiário e dizer que precisam criar vergonha. Não é o caso do momento – reafirmou.

GREMIO:

Começar um trabalho em meio ao campeonato e sem ter formado o elenco não é fácil. Fica mais difícil com a impossibilidade de repetir a escalação. Esta é a sina de Renato Gaúcho que, às vésperas de disputar o terceiro jogo na segunda passagem no Grêmio, sofre com o prejuízo de lesões e suspensões. Os ‘problemas’, admitidos pelos jogadores, serão combatidos pelo ‘conhecimento’ adquirido em toda a temporada.
Na estreia, ao empatar com Atlético-PR, o comandante não contou com o suspenso Pará e o machucado Elano. O meia voltou na vitória sobre o Botafogo, na qual Barcos não atuou por questões físicas. O Pirata não deve voltar no desafio ao Criciúma, sábado, partida na qual Adriano está suspenso e Souza, vetado pelo departamento médico. Ou seja: em três jogos, serão três escalações diferentes.
 O problema de entrosamento vai existir. Saem dois jogadores e o time busca uma sequência. Souza e Adriano têm muita qualidade. Saindo ao mesmo tempo, teremos problemas. Mas vamos valorizar nosso elenco. Os que entram podem suprir ausência – comentou o meia Zé Roberto.
A solução é trabalhar. Após os treinos físicos de segunda e terça, a quarta deve reservar trabalhos táticos. E, aqui, o zagueiro Werley conta como o grupo deve se portar:
- Quem vem jogando está há bastante tempo no grupo. Temos o entrosamento dos treinos. Não sabemos muito do Riveros, que ainda não jogou, mas acredito que vamos saber superar esta situação.
Kleber deve substituir Barcos, caso seja vetado. Matheus Biteco e Riveros, Adriano e Souza. Se o paraguaio não tiver condições legais, Ramiro é a alternativa. A conferir a partir desta tarde.

PEGADA PARA VENCER FORA:

Ao analisar o Criciúma, o grupo do Grêmio tem dois sentimentos. É a hora de, ao aproveitar o confronto com um rival no meio da tabela, ganhar o primeiro jogo como visitante no Brasileirão. A teórica facilidade, porém, gera alerta comprovado pelo passado recente. Os mesmos jogadores lembram que deixaram de disputar o título de 2012 ao tropeçarem em adversários em situação parecida a do rival de sábado. A receita, então, é ter cautela.

Kleber foi o primeiro atleta a comentar a situação, à primeira vista, contraditória. Ao projetar uma trinca de bons resultados – após empate com Atlético-PR e vitória diante do Botafogo -, o Gladiador considerou “ser bom” encarar o rival catarinense. Mas, na avaliação do atacante, é necessário manter a postura de pegada:

- É um jogo bom de ganhar. Para termos uma sequência. Mas precisamos manter a mesma postura, de pegada. Não adianta jogar esse jogo, e começar de toquinho para o lado. Temos que ir para cima para vencer fora. Sabemos que no Brasileirão quem não vence fora não ganha.

Com 12 pontos, o Tricolor é o sexto colocado. O Tigre tem sete, e ocupa a 16ª posição. No Heriberto Hülse, disputou quatro partidas: ganhou duas, empatou uma e perdeu outra.

PALPITE LOTECACHAVEADA;DF GREMIO